quinta-feira, 28 de abril de 2011

CHECK LIST DA DINÂMICA DE GRUPO



por Izabel Failde*

Agora que você já conheceu todas as etapas da dinâmica de grupo, que tal saber como foi seu desempenho? Apesar de não haver um padrão e não ser possível conhecer todos os critérios dos selecionadores, você pode refletir sobre seu comportamento para se aprimorar cada vez mais. Preencha o check list abaixo escolhendo SIM ou NÃO para cada questão. Seja sincero!

QUESTÕES SIM NÃO
1. Procurei conhecer um pouco sobre a empresa, antes de participar do processo seletivo?
2. Preparei-me adequadamente?
3. Vesti-me adequadamente?
4. Fiz um contato satisfatório com o selecionador?
5. Facilitei minha própria descontração?
6. Causei uma boa impressão?
7. Soube ouvir?
8. Tive flexibilidade?
9. Consegui me comunicar?
10. Fiz perguntas adequadas?
11. Fiz as investigações necessárias?
12. Respondi adequadamente ao que me foi perguntado?
13. Observei minha comunicação não verbal?
14. Minha postura física estava satisfatória?
15. Controlei adequadamente o uso do tempo durante a dinâmica?
16. Mantive o equilíbrio emocional?
17. Demonstrei atenção e interesse?
18. Permiti que outros participantes também se expressassem?
19. Elucidei minhas dúvidas?
20. Despedi-me de todos adequadamente?
21. Fiz as anotações necessárias?
22. Tratei as informações recebidas com ética?
23. Alcancei os objetivos da dinâmica?
24. Fiquei feliz com meu desempenho?
25. Creio que ainda posso melhorar nas seguintes características e/ou comportamentos:



TOTAL

AVALIAÇÃO GERAL:

A soma de pontos das colunas SIM e NÃO servem como referência para você saber em quantas situações da dinâmica agiu corretamente ou de maneira errada. Cada resposta SIM significa que você agiu de maneira positiva. As respostas NÃO indicam atitude desfavorável. Veja:

Para as respostas SIM: Parabéns!!! Mantenha, desenvolva e aprimore cada vez seu desempenho, não só nas dinâmicas de grupo como em todo o processo seletivo. Sucesso!

Para as respostas NÃO: Você precisa se esforçar mais. A dica principal é: conheça mais sobre você mesmo. Saber se posicionar, falar e ficar quieto nas horas certas, vestir-se com roupas adequadas e manter-se atualizado são apenas alguns exemplos de atitudes que podem garantir a sua vaga. Você certamente tem condições de aprimorar estes aspectos, mas para isso é fundamental não desanimar e acreditar no seu potencial. Boa sorte!

* Izabel Failde é psicóloga e especialista em Dinâmica de Grupo.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

REDAÇÃO TEMA LIVRE: QUAL TEMA ESCOLHER?



A redação no processo seletivo tem vários objetivos de aplicação:

•Avaliar o domínio do idioma. Quer seja na língua-mãe ou não, uma redação mostra o desenvolvimento e organização de idéias, vocabulário, gramática, fluência.
•Conforme o tema proposto, o candidato demonstra valores, conceitos, sonhos, expectativas. Ou seja, os selecionadores podem conhecer melhor o candidato por meio desse instrumento.
•Sendo um tema livre, os selecionadores ainda observam a criatividade e segurança do candidato, pois pode escrever sobre o que deseja, sobre o que se sente à vontade, o que domina.
Escrever sobre si próprio é um dos temas mais complexos. Veja os motivos:

. Falar sobre seus próprios interesses, habilidades, sonhos não é para qualquer um. O "básico" todos sabem, o complexo é dizer algo que saia do comum. Nem todos têm auto-conhecimento suficiente para isso.

. Devido ao fato de inúmeras empresas solicitarem redações com este tema, fica "fácil" praticar em casa. Os candidatos podem treinar, pedir que outras pessoas avaliem suas redações e "decorar" o conteúdo. Quando a empresa solicitar, já estarão preparados (demais...) para a redação. Não se engane: Selecionadores bem treinados sabem quando isso acontece.

. Por outro lado, o desenvolvimento do tema de forma criativa, verdadeira, inusitada pode ser um diferencial no processo seletivo. Sair do lugar comum, da mesmice, do cotidiano, sempre faz com que o selecionador olhe com outros olhos para o conteúdo da redação e, conseqüentemente, para o candidato.

Escrever sobre você mesma é o tema mais indicado? Eu digo que pode ser um diferencial, sim. Pelos motivos que acima citei, é possível observar o candidato com outros olhos. No processo seletivo, vale a pena arriscar para "aparecer", no sentido positivo, pois o profissional vai chamar a atenção para si.

Procure sempre se conhecer um pouquinho mais, ser criativa, inovadora, além de melhorar sua redação a cada dia. Fale não só sobre o que você "gosta" ou "não gosta"; comente suas realizações, seus sonhos e o que você faz para transformá-los em realidade.

E nada de decorar temas, isso só irá atrapalhar sua excelente performance.

Dra. Izabel Failde

DINÂMICAS DE GRUPO MAIS POPULARES (1)




Descubra quais são as atividades aplicadas com mais freqüência pelos recrutadores e veja dicas para ter sucesso durante o processo

Por Clarissa Janini

Para muitos candidatos, a dinâmica de grupo é um dos momentos mais críticos de um processo seletivo. Além de ter de interagir e se destacar em meio a pessoas desconhecidas, é exigido do participante jogo de cintura para saber lidar com jogos e atividades propostos na hora. “A dinâmica de grupo em processos seletivos visa identificar o candidato certo para uma vaga específica. Por isso, a atividade aplicada deve ser análoga à função do cargo oferecido”, afirma Roberto Hirsh, da SBDG (Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos). Deste modo, a maior dica para o candidato é ter certeza de que possui o perfil desejado pela empresa. “O maior inimigo do candidato é ter o perfil inadequado para o cargo, e não as pessoas que estão concorrendo com ele”, explica a psicóloga organizacional Beatriz de Campos, consultora da Pensare Consultoria.

Mas como os selecionadores optam por aplicar esta ou aquela dinâmica? “Cada profissional tem seus autores de dinâmica favoritos. No meu caso, gosto do trabalho de Maria Rita Gramigna e Marise Jalowitzki, entre outros. Além disso, pesquiso em sites especializados”, conta Beatriz. Não há como prever qual tipo de dinâmica será aplicado em determinada empresa, mas estudar alguns exemplos pode ajudar em sua preparação.

DINÂMICAS DE GRUPO MAIS POPULARES (2)




Confira algumas vivências freqüentes em processos seletivos:

- Apresentação: Antes de começar a trabalhar em grupo, é preciso conhecer cada um dos candidatos. A apresentação p ode ser feita apenas oralmente, quando cada participante fará uma pequena descrição de sua vida pessoal e profissional . Não se esqueça, porém, de que sua apresentação pessoal já estará sendo avaliada pelos recrutadores, que irão verificar sua habilidade em falar sobre si;

- Atividade individual: Também é uma opção de avaliação do selecionador, que busca examinar a capacidade do candidato em se expor a outras pessoas, competência na argumentação e fluência verbal


- Redação: Algumas empresas pedem durante a dinâmica que os candidatos escrevam um texto (cujo tema pode ser específico ou livre) para avaliar o domínio da língua escrita – seja em português ou outro idioma requisitado pela vaga. Portanto, revisar sua ortografia antes de encarar o processo é uma dica valiosa


- Simulação de vendas: Não é raro que os recrutadores peçam para os participantes se dividirem em grupos e bolarem uma estratégia de venda para determinado produto.


- Trabalho em equipe: Inúmeras dinâmicas têm o objetivo de avaliar como o candidato interage em grupo – se é introvertido ou não, engajado com a equipe ou relapso, possui capacidade de argumentação ou não, apresenta características de liderança ou de liderado, etc.


Conquistando o sucesso
Muitas competências são avaliadas durante todo o processo e, por mais diferentes que sejam as vagas, algumas habilidades são sempre bem vindas, tais como: criatividade, flexibilidade, iniciativa, capacidade de negociação, foco em resultados, capacidade de trabalho em equipe, autoconfiança, liderança, estabelecimento de metas e tomada de decisão. É muito importante que você se prepare e estude bem a empresa e o cargo pretendido, contudo, lembre-se de que sua atitude deve ser o mais natural possível. Não tente decorar o que vai fazer na dinâmica. Você ficará mais ansioso e as chances de falhar aumentam. Como você não pode prever quais serão as atividades aplicadas, veja quem é o candidato que os avaliadores procuram - em todos os tipos de dinâmica:

Aquele que é seguro de si, que possui valores, metas e idéias condizentes com as da empresa;
Acompanha o ritmo da equipe, respeitando e colaborando com os membros participantes;
Desempenha sua tarefa com o uso do raciocínio, planejando e executando o trabalho de forma organizada, expondo suas idéias com fundamento;
Aceita os demais membros, promovendo-os também para o sucesso e êxito em seu desempenho.
É automaticamente descartado quem:

Demonstra comportamento arrogante;
Possui timidez demasiada, sem participação efetiva;
Finge comportamentos;
Boicota algum membro do grupo;
Busca destaque em excesso, não permitindo a participação dos demais membros.

PERGUNTAS ESTIMULADORAS DA CRIATIVIDADE



PRIMEIRA PERGUNTA: "E SE...?" – Tudo aquilo que um dia criou-se e se inventou começou por essa pergunta. E se... fabricássemos um carro que voa? Veio o primeiro e rudimentar avião. E se fabricássemos uma caixa através da qual a gente pudesse ouvir e ver imagens? Veio a televisão. E se fossemos até Marte? E se desintegrássemos o átomo? E se misturarmos "a" com "b"? E se adicionarmos...? Faça uma experiência prática na sua casa: nestes dias chuvosos de inverno, quando toda a família está sem poder sair, reúna o pessoal e convide todo mundo a dar idéias a respeito de como preencher criativamente o tempo, começando a sugestão sempre por E se...?.

SEGUNDA PERGUNTA: "E POR QUE NÃO?" - A melhor idéia do mundo não resultará em nada se a reação interior de quem a propõe não for "E por que não?". Ou seja, a própria pessoa precisa acreditar no seu taco. A mesma reação é esperada da equipe de trabalho: "E por que não?". Repito: num processo criativo, após você expressar sua idéia, é absolutamente indispensável que a reação da sua equipe seja: "E POR QUE NÃO?". Esta reação significa um voto de confiança na sua idéia. Significa: "Sim, por que não tentar?" ou então, "Ok, vamos examinar melhor essa idéia e ver no que dá!". Sem esta postura receptiva, a boa idéia "morre" ali mesmo. É muito fácil "matar" uma boa idéia. Basta alguém retrucar, secamente, com uma das frases abaixo:

* Não dá.
* Não pode.
* Não funciona.
* Não dá certo.
* Não acredito nisso.
* Não tem mercado.
* Não é possível.
* É muito difícil.
* Não compensa.
* Não faz sentido.

TERCEIRA PERGUNTA: "E QUE MAIS?" - Não basta apenas uma ótima idéia. Precisamos de várias. Dezenas, centenas, um monte delas. Quanto mais, melhor. Depois, que seja feita uma lista delas e sejam definidas prioridades.

O passo seguinte deste processo de resposta às três perguntas, é a ação. É o fazer acontecer. Idéias maravilhosas que não resultam em ações, não passam de brincadeira de "vamos ver quem é mais gênio?".

Por:

Floriano Serra - Psicólogo, Consultor e Palestrante


PENSE DIFERENTE E FAÇA A DIFERENÇA



Por
Anderson Rocha

O mundo com suas rápidas mutações exige novas respostas para novos desafios, novos problemas e oportunidades exigem novas maneiras de pensar.
Antes de abordamos este assunto tão fundamental, que se chama criatividade, é importante esclarecermos alguns mitos e crenças sobre o tema. Empresas não são criativas. Criatividade é uma característica do ser humano. Somos nós que fazemos as empresas mais ou menos criativas.
Muitos de nós acreditamos que quanto mais inteligente, tanto mais criativo você será... É importante ressaltar que a criatividade não é função direta da inteligência. Na realidade, é "ver o que todos já viram e pensar sobre isto de maneira que ninguém fez antes".

Alguns acreditam que as pessoas nascem criativas, que criatividade não pode ser aprendida. É verdade, todas as pessoas nascem criativas, inclusive você. Porém, podem-se desenvolver aptidões que liberam melhor o nosso potencial criativo. A criatividade pode ser aprendida assim como alguém aprende a jogar tênis ou tocar bateria.

Outro mito diz que as idéias criativas surgem como lampejos ou clarões semelhantes àquelas dos relâmpagos. Persistência e concentração são pontos-chaves para a criatividade. Não dá para ter um lindo jardim antes de preparar adequadamente o solo.

Estimular a criatividade é estimular também a flexibilidade, a visão de futuro, a autonomia, os trabalhos em equipes, a liderança, buscar soluções alternativas etc. Num mundo de mudanças, marcado por turbulências e incertezas, tudo isso se torna fundamental.

Existem algumas expressões, tais como: "Essa idéia é ridícula", "Não é adequado à nossa realidade", "A mudança é muito radical", "Sempre fizemos assim e sempre deu certo", dentre outras são muito comuns e inibem totalmente a criação. Com relação à criatividade pessoal é importante ressaltar que todos nós somos criativos. Segundo pesquisas, as pessoas criativas achavam-se criativas, enquanto as menos criativas não se achavam criativas. Criatividade também é uma questão de acreditar em você, se achar capaz, desafiar o "jeito tradicional de fazer as coisas", habituar-se a pensar diferente e questionar - Por que desta maneira? Não haverá outra alternativa? De que maneira eu posso... E se... Uma pessoa criativa é uma caçadora de idéias novas, pois tem um desejo ardente para melhorar as coisas.

Imagine se Santos Dumont tivesse acreditado em todos os que lhe diziam que nada que é mais pesado do que o ar poderia voar. Não se acomode. Sempre existe uma maneira de fazer melhor, mais rápido ou com menor custo aquilo que você já fez. Se você não pensar nisso, alguém irá pensar.

Seja curioso. Evite reproduzir tarefas mecanicamente. Busque as causas, os porquês, as implicações. Muitas idéias surgem daí. Idéias não saem do nada. Associe, adapte, substitua, modifique, reduza. As combinações são infinitas. Pegue objetos ou idéias totalmente diferentes e tente fazer uma conexão. Criatividade é também a habilidade para fazer conexões que os outros não conseguiram.

LEMBREM-SE QUE EM ALGUMAS DINÂMICAS DE EMPRESAS AÉREAS A CRIATIVIDADE À SITUAÇÕES EXPOSTAS É FUNDAMENTAL!

Como disse Walt Disney, "criatividade é como ginástica, quanto mais se treina, mais forte fica". Pense diferente e faça a diferença.


PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS



por Camila Micheletti

Como explicar que não terminei o curso superior? Como superar a falta do inglês? E o que falar sobre os dois anos que fiquei afastada do mercado de trabalho? Dúvidas como essas permeiam as cabeças de muitos profissionais, já que quase todos, em maior ou menor grau, apresentam algumas falhas na carreira.

E alguns selecionadores incluem justo esta questão nas entrevistas. Pedem para o candidato listar quais as suas características mais marcantes e quais os seus pontos fracos. Na opinião de Priscila Mendes, consultora em Gestão do Capital Humano e especialista em Entrevista , quando o selecionador pergunta sobre os pontos positivos ele quer saber, sob o seu ponto de vista, qual é o seu diferencial, ou seja, o que você tem de interessante que possa ser de substancial importância para a vaga. Ela recomenda que você utilize essa questão a seu favor, fazendo seu marketing pessoal. Liste anteriormente quais são as suas características mais positivas, principalmente aquelas relacionadas ao seu trabalho.

"Numa entrevista de emprego, as duas partes vão estar em seu melhor momento. Tanto a empresa quanto o entrevistado vão querer mostrar o melhor de si, daí a importância de mostrar com clareza suas competências e os resultados que você conseguiu atingir", analisa Luciana Sarkozy, da Career Center. Por isso, é importante que você não tenha medo de falar sobre suas qualidades, achando que vai parecer pretensão de sua parte. Se você não mostrá-las ou se falar sem muito entusiasmo delas, poderá não despertar interesse no selecionador. No fim das contas, a forma como você fala é muitas vezes mais importante do que as próprias características que você cita.

Mas e os pontos fracos? "Só toque no assunto se o entrevistador perguntar e, mesmo assim, com muita cautela", adverte Luciana. Ela explica que, na maioria das vezes, os candidatos acabam colocando pequenos defeitinhos que todos nós temos, nada que possa eliminá-lo do processo. Você pode falar que não gosta de rotina, é muito perfeccionista ou mesmo tende a ser impulsivo nas suas atitudes. O importante, segundo ela, é mostrar que você identificou que tem um defeito e encontrou formas de lidar com ele. "Isso demonstra que você não é um super-homem e reconhece suas limitações, mas ao mesmo tempo não vai apresentar nenhum grande problema para a empresa", explica a diretora.

Com relação aos pontos fracos, também é muito importante a forma como você os coloca. Priscila acredita que, melhor que chamar de "defeitos", que parecem características negativas e inflexíveis, que não mudam em hipótese alguma, uma sugestão é utilizar o termo "Pontos a Desenvolver". A consultora explica: "Colocando desta forma, seja qual for o ponto que você citar, deixará claro, em primeiro lugar, que você está consciente de suas deficiências, que você não é perfeita e tem alguns pontos que precisa melhorar. Em segundo lugar, mostrará que procura não deixar que isso atrapalhe o desenvolvimento de suas atividades, tentando lidar com eles da melhor forma possível e procurando melhorar sempre".

Os pontos fracos também não precisam ficar em evidência no currículo. Se você não concluiu o cursos superior, por exemplo, não precisa colocar esta informação no topo da página, chamando a atenção do selecionador justamente para o que você não tem - o curso completo. Uma dica é ressaltar todas as características positivas da sua carreira antes, deixar essa informação para o final e colocar algo como "Estudei Psicologia na PUC". Você não diz que se graduou - não mentiu - mas também não coloca a ausência do curso com todas as letras. Esta tática também pode ser usada na entrevista.

Claro, será necessário fazer uma reflexão sobre todos esses pontos antes da entrevista. "O principal é demonstrar que você se conhece e que sabe exatamente em que sentido suas características serão positivas para a empresa e sabe também como não deixar que o que não é tão positivo assim atrapalhe", finaliza Priscila Mendes.